Rio de Janeiro

Localização - Região Sudeste - Estados limítrofes Espírito Santo (nordeste), Minas Gerais (noroeste) e São Paulo (sudoeste) - Mesorregiões 6 - Microrregiões 18 - Municípios 92
Capital Rio de Janeiro
Área - Total 43.696,054 km² (24º)
População 2009 - Estimativa 16.010.429 hab. () - Densidade 352,58 hab./km²
Economia 2006 - PIB R$275,363 bilhões () - PIB per capita R$17.695,00 ()
Indicadores 2000 - IDH 0,832 (2005) [1] () – elevado - Esper. de vida 73,1 anos (12º) - Mort. infantil 19,5/mil nasc. () - Analfabetismo 4,0% ()
Clima tropical e tropical de altitude

Localização do Rio de Janeiro



O Rio de Janeiro é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Situa-se na porção leste da região Sudeste, tendo como limites os estados de Minas Gerais (norte e noroeste), Espírito Santo (nordeste) e São Paulo (sudoeste), como também o Oceano Atlântico (leste e sul). Ocupa uma área de 43.696,054 km², sendo pouco maior que a Dinamarca. Sua capital é a cidade do Rio de Janeiro. Os naturais do estado do Rio de Janeiro são chamados de fluminenses (do latim flumen, literalmente "rio"). Os municípios mais populosos são: Rio de Janeiro, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Niterói, São João de Meriti, Campos dos Goytacazes, Petrópolis, Magé, Volta Redonda, Itaboraí, Macaé, Mesquita, Cabo Frio e Nova Friburgo. Muitas cidades destacam-se devido à forte vocação turística: Angra dos Reis, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Nova Friburgo, Penedo (distrito de Itatiaia), Paraty, Petrópolis, Rio das Ostras, Saquarema, Teresópolis, entre outras. O estado é formado por duas regiões morfologicamente distintas: a baixada e o planalto, que se estendem, como faixas paralelas, do litoral para o interior. Paraíba do Sul, Macaé, Guandu, Piraí, Muriaé e Carangola são os principais rios. O clima é tropical.


Fatos históricos - Em razão do rendoso comércio de pau-brasil com os índios, o litoral fluminense atrai colonizadores portugueses e corsários franceses ainda no século XVI. Estácio de Sá, sobrinho do governador-geral Mem de Sá, ao combater os franceses instalados na baía de Guanabara, funda, em 10 de março de 1565, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Ocupando posição estratégica no litoral sul da colônia, a povoação cresce como região portuária e comercial. No século XVIII, com o desenvolvimento da mineração, o porto do Rio torna-se o principal centro exportador e importador para as vilas de Minas Gerais, por onde saem ouro e diamante e entram escravos e manufaturados, entre outros produtos. Em 1763, a cidade torna-se sede do Governo Geral, em substituição a Salvador. Com a chegada da família real, em 1808, o Rio se torna sede do governo português. Após a independência, a cidade continua como capital, enquanto a província enriquece com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba. Para separar a província e a capital do Império, a cidade converte-se, em 1834, em município neutro e a província do Rio de Janeiro passa a ter Niterói como capital. Como centro político do país, o Rio concentra a vida político-partidária do império e os movimentos abolicionista e republicano. Durante a República Velha, com a decadência de suas áreas cafeeiras, o estado perde a força política para São Paulo e Minas Gerais.


Decadência política - O enfraquecimento econômico e político do Rio continua após a Revolução de 1930. A economia fluminense não se beneficia da industrialização, apesar de o estado ser escolhido para sediar a Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, ponto de partida para a implantação da indústria de base no país. A cidade do Rio de Janeiro mantém-se como importante zona comercial, industrial e financeira, mas, com a mudança da capital federal para Brasília, em 1960, o declínio do novo estado da Guanabara é inevitável. Em 1974, os estados do Rio e da Guanabara fundem-se por determinação do Regime Militar, constituindo o atual estado do Rio de Janeiro. Com o objetivo de recuperar sua importância política e econômica, os governos militares fazem grandes investimentos no estado, como a construção das usinas nucleares de Angra I e II, em Angra dos Reis, e a implantação do pólo petrolífero na bacia de Campos, a mais produtiva do país.
Menor estado da Região Sudeste, o Rio de Janeiro possui a terceira maior população do país, atrás de São Paulo e Minas Gerais, e a segunda maior densidade demográfica, atrás do Distrito Federal. Com o Carnaval mais famoso do mundo, o estado tem no turismo uma de suas principais fontes de receita. Do total de estrangeiros que visitam o país, mais de 30% dirigem-se para a cidade do Rio de Janeiro. Os pontos mais visitados são o Pão de Açúcar, o Corcovado, a floresta da Tijuca e as praias, entre elas as de Copacabana e Ipanema. Além da paisagem natural, a cidade, sede do governo português durante o período imperial e capital brasileira por quase 200 anos, de 1763 até 1960, possui um importante acervo histórico e arquitetônico. O turismo também é forte em cidades litorâneas, como Búzios e Cabo Frio, no norte do estado. Em Angra dos Reis e Parati, no sul, as melhores praias são acessíveis apenas por barco. A Ilha Grande, nesse trecho do litoral, atrai cada vez mais visitantes desde a desativação de um antigo presídio, em 1994. Na região serrana, destacam-se Petrópolis e Nova Friburgo, cidades que conservam paisagens e costumes da colonização alemã e suíça. Visconde de Mauá e Itatiaia sobressaem pelas paisagens naturais e pelo ecoturismo. Recentemente, o estado descobre a vocação turística do Vale do Paraíba, onde existem 42 fazendas do século XIX, construídas durante o ciclo do café.

Meio ambiente - Em janeiro de 2000, o rompimento de um duto da Petrobras despeja na baía de Guanabara 1,2 milhão de litros de óleo, formando uma mancha negra duas vezes maior que a ilha do Governador, que é detectada por satélite. Por mais de quatro horas bombas permaneceram abertas despejando óleo até que o problema fosse sanado. Segundo especialistas, mesmo quando não há acidentes, cerca de 2 toneladas de óleo são lançadas diariamente na baía de Guanabara. As manchas, diluídas, não chamam tanto a atenção como quando há vazamentos localizados, mas os danos são de proporções semelhantes. As principais fontes do lançamento ilegal de óleo são 55 indústrias, terminais de combustíveis, postos de gasolina, estaleiros e navios. A capital sofre também com a poluição resultante do despejo de esgoto no mar. No começo de 2000, durante o conserto de um emissário submarino, em Ipanema, as praias recebem 3 bilhões de litros de esgoto: o suficiente para encher metade da lagoa Rodrigo de Freitas ou 1.587 piscinas olímpicas. Em julho de 2007 sua capital recebe os Jogos Pan-Americanos e é a "capital dos esportes das Américas" onde é construída uma imensa infra-estrutura esportiva e de apoio com recursos da prefeitura e dos governos estadual e federal além de patrocínios de entidades empresariais privadas.

Novos investimentos - Com a retomada da atividade industrial, a região sul e a Baixada Fluminense, área pobre do estado, firmam-se como pólos de atração de investimentos. Os setores mais dinâmicos são o químico, o metalúrgico, o siderúrgico, o de material eletrônico, o farmacêutico e o de construção civil. O sul, beneficiado pela boa infra-estrutura e pela proximidade com os grandes centros, apresenta várias indústrias metalúrgicas e automotivas. A instalação da fábrica de ônibus e caminhões da Volkswagen, em Resende, em 1997, e a construção da unidade da Peugeot-Citroën, em Porto Real, município vizinho, atraem muitas pequenas e médias empresas. Em Volta Redonda, destaca-se a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Na bacia de Campos, está a maior área produtora de petróleo e gás natural do Brasil. O norte do estado assiste ao declínio da indústria de açúcar e álcool. A agricultura deixa de se basear apenas na cana-de-açúcar, ainda a principal lavoura. Os investimentos vão para o cultivo de frutas, sobretudo maracujá, abacaxi, banana e coco-da-baía.


Aspectos sociais - Entre as regiões metropolitanas, a da capital fluminense é a que apresenta a menor taxa de desemprego: 5,5% contra 7,5% no país. Isso se deve, em parte, ao dinamismo da economia informal. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostram que o rendimento médio do trabalhador fluminense, em seis anos, subiu 33,4% acima da inflação. O salto é conseqüência do peso do setor de serviços na economia do estado e da alta informalidade do mercado de trabalho no Rio. Os mais beneficiados foram os trabalhadores "por conta própria" e os assalariados sem carteira assinada. O sistema de água chega próximo a 87% das casas e o esgoto é recolhido em mais de 88% delas, índices acima da média do país. Por outro lado, o Rio de Janeiro enfrenta graves problemas socioeconômicos. O tráfico de drogas, ligado ao crime organizado, dita regras de convivência nos morros cariocas. Cerca de 10% dos domicílios no estado são favelas ou assemelhados, e nessas áreas há maior carência de serviços públicos.


Imigração - Catedral em Petrópolis, no Rio de Janeiro, região com forte influência germânica.
A presença dos
imigrantes na região Sudeste foi de fundamental importância para o seu povoamento. O primeiro grupo organizado de imigrantes trazido ao Brasil para o povoamento foram suíços. Entre 1819 e 1820, chegaram ao Brasil 261 famílias de colonos suíços, 161 a mais do que havia sido combinado nos contratos, totalizando 1.686 imigrantes. Fundaram a cidade de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. Grupos de alemães seriam assentados na mesma região em 1824. No interior do Espírito Santo chegaram famílias alemãs em 1847. Em 1857 novos grupos foram enviados para as serras capixabas. No ano seguinte, começaram a chegar os pomeranos, etnia esta que passou a predominar entre os colonos alemães. No estado do Rio de Janeiro, os alemães ocuparam também as regiões serranas, ao redor de Petrópolis.

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