Espírito Santo

Localização - Região Sudeste -Estados limítrofes Bahia (a nordeste), Minas Gerais (a oeste) Rio de Janeiro (sul) -Mesorregiões 4 - Microrregiões 13 - Municípios 78
Capital - Vitória
Área - Total 46.077,519 km²
População 2007 - Estimativa 3.351.669 hab. - Densidade 72,7 hab./km²
Economia 2006 - PIB R$52.782.914 - PIB per capita R$15.236,62
Indicadores 2000 - IDH 0,802 (2005) - Esper. de vida 72,9 anos -Mortalidade infantil18,9/milnasc. Analfabetismo 5,6%
Clima - Tropicalde altitude e tropical

O Espírito Santo é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na Região Sudeste e tem como limites o Oceano Atlântico a leste, a Bahia a norte, Minas Gerais a oeste e noroeste e o estado do Rio de Janeiro a sul, ocupando uma área de 46.077,519 km². Sua capital é o município de Vitória. Outras importantes cidades são Aracruz, Anchieta, Cariacica, Cachoeira de Itapemirim, Colatina, Guarapari, Linhares, São Mateus, Serra, Viana e Vila Velha. O gentílico do estado é capixaba ou espírito-santense.


Fatos históricos - Criada em 1534, a capitania do Espírito Santo começa a ser ocupada no ano seguinte. Seu donatário, Vasco Fernandes Coutinho, logo constrói os primeiros engenhos, transformando a produção e a exportação de açúcar na principal atividade econômica da capitania. A vida nos engenhos e povoados, no entanto, sofre com a constante presença de corsários franceses e com a hostilidade dos índios goitacás e aimorés. Para resistir melhor aos ataques, a sede da capitania, Vila Velha, é abandonada e uma nova é construída na ilha de Santo Antônio com o nome de Vila Nova, atual Vitória. Com a chegada dos padres jesuítas em 1587, liderados por José de Anchieta, diminuem os problemas com os nativos. A luta contra os franceses, no entanto, estende-se até o Rio de Janeiro. Nos séculos XVII e XVIII, a capitania vive um período de estagnação com o declínio da economia canavieira decorrente das invasões holandesas. O crescimento da mineração de ouro e diamante em Minas Gerais também contribui para essa paralisação. Para proteger as minas da invasão estrangeira pelo litoral do Espírito Santo, as entradas que partiam da capitania para o interior são proibidas.


Expansão cafeeira - O Espírito Santo só começa a se recuperar durante o império, com a lavoura cafeeira e a imigração européia. Portugueses, italianos, alemães, holandeses e suíços instalam-se nas colônias e nas vilas do interior. O café se estende pelo litoral e pela região serrana, do sul para o norte, onde disputa espaço com o cacau vindo da Bahia. No início da República, chega a representar mais de 90% da receita do estado e possibilita investimentos em infra-estrutura, como estradas de ferro, pontes metálicas e serviços urbanos na capital e nas principais cidades. Nessa época, o Porto de Vitória torna-se um dos mais importantes do Brasil. Depois da crise dos anos 30, quando o excesso de oferta derruba o preço do produto, o café continua a desempenhar importante papel na agricultura, ao lado da cana-de-açúcar. Com a economia baseada na exportação de produtos agrícolas até meados da década de 60, o Espírito Santo se beneficia, a partir dos anos 70, da instalação de grandes projetos industriais voltados para a exportação, como as empresas estatais Companhia Vale do Rio Doce e Companhia Siderúrgica de Tubarão. Paralelamente, a agricultura se mantém como uma atividade importante na economia estadual. Essa combinação permite um rápido crescimento econômico do estado, o que aumenta sua participação no PIB brasileiro a partir da década de 70.
O Espírito Santo apresenta paisagens litorâneas de transição entre os trechos recortados por serras e morros do sul e do sudeste e o litoral plano, com dunas e palmeiras, do Nordeste do país. Sua capital fica em uma ilha costeira; nas proximidades, está Guarapari, conhecida pelas praias de areia monazítica. No extremo norte localiza-se Itaúnas, no município de Conceição da Barra, famosa pelas dunas de areia, que alcançam 30 m de altura. É na faixa litorânea que se concentram os descendentes dos primeiros colonizadores e sua culinária típica, como a moqueca capixaba feita com a tintura de urucum, de origem indígena. Nas serras predominam os descendentes de imigrantes alemães, suíços, holandeses e açorianos. O pico da Bandeira, o terceiro ponto mais alto do relevo brasileiro, localiza-se na serra do Caparaó, na divisa com Minas Gerais. O estado abriga alguns dos principais portos do país, como Vitória, Tubarão e Capuaba. O intenso movimento portuário coloca o Espírito Santo entre os cinco primeiros estados exportadores do país. Além de produtos do estado, como minério de ferro, placas de aço, granito e café, são escoados veículos e aço, de Minas Gerais e produtos agrícolas do Centro-Oeste. Somente o complexo portuário da Ponta de Tubarão é responsável por 25% da carga marítma do país. A abertura do mercado brasileiro às importações, no início dos anos 90, foi o motor desse desenvolvimento, alimentado por uma política de incentivos financeiros e por tarifas competitivas. No primeiro semestre de 2000, Vitória, com um porto bem equipado e custos competitivos, passa a ser a principal porta de entrada de veículos no mercado brasileiro e sede de grandes empresas de comércio exterior.


Café e frutas - Cerca de 90% das propriedades rurais possuem até 100 ha e constituem outra importante fonte de renda. O destaque são as lavouras de café, que produzem 20% do total nacional. A cafeicultura gera 500 mil empregos e uma renda anual de 500 milhões de dólares. Desde 1999 há aumento na produção, com a obtenção de matrizes de uma nova variedade de grãos, mais resistente à seca, ideal para as lavouras do norte capixaba, região que sofre os reflexos da estiagem nordestina. Nas duas últimas décadas, o Espírito Santo adquire importância na produção e comercialização de frutas de climas tropical e temperado. O trabalho na fruticultura, no norte, ajuda a conter o êxodo rural. Nas áreas litorâneas, plantam-se banana, abacaxi, mamão, maracujá, limão, enquanto nas montanhas são cultivados morango e uva.

Fraca industrialização - Um setor em desenvolvimento é o das indústrias de móveis, papel e celulose, como conseqüência da boa adaptação do eucalipto plantado ao norte, à beira-mar. No centro-sul ganham força a indústria de transformação (produtos químicos, siderúrgicos, cimento e celulose) e a de bens de consumo (calçados, alimentos e bebidas). Ainda assim, um dos maiores obstáculos para a expansão da atividade industrial é a falta de energia, pois o Espírito Santo gera apenas 18% do total que consome e depende do fornecimento das usinas de Furnas e Itaipu. A costa capixaba tem oito áreas abertas à exploração do petróleo, mas a produção é pequena: apenas 1% do total produzido diariamente no país. O estado lidera a extração nacional de mármore e granito ornamentais, com o que arrecada acima de 1 bilhão de dólares por ano. Cachoeiro do Itapemirim, no sul, e Nova Venécia, no norte, são as principais regiões produtoras. O Espírito Santo é responsável por 39% das exportações brasileiras de rochas ornamentais e por 50% de placas de mármore beneficiadas, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Segundo dados do IBGE, a produção industrial cresce 9% na última década, um dos melhores desempenhos do país, no setor.


População - Dos 3,4 milhões de habitantes, 42% concentram-se na capital e nos municípios metropolitanos: Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana. Os capixabas convivem com os mais baixos índices sociais do Sudeste, superiores, no entanto, à maior parte do país. O Espírito Santo possui 1,8 leitos hospitalares para cada mil habitantes, em comparação com a média próxima a 3,0 leitos da região.


Imigrantes - Os imigrantes se estabeleceram e começou a ser formada a população que habita o Espírito Santo. São formados por portugueses, africanos, principalmente de Açores, alemães, suíços, luxemburgueses, tiroleses, austríacos, belgas, italianos, holandeses, gregos, espanhóis, sírios e libaneses. Esses dois últimos não foram para a lavoura. Fixaram-se nas cidades, principalmente no litoral, e dedicaram-se ao comércio.

Na foto, uma familia Italiana que chegou ao Espírito Santo juntamente com outras familias a partir de 1874.

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